Ano Internacional dos Solos

Ano Internacional dos Solos. Eleito como tema do ano de 2015 pela Organização das Nações Unidas (ONU), o solo é um dos materiais biológicos mais complexos do planeta. Leva mais de mil anos para formar dois centímetros de solo superficial, e apenas um punhado dele pode conter bilhões de micro-organismos.

A nomeação de 2015 como Ano Internacional dos Solos é uma tentativa da ONU de chamar atenção para a riqueza e a fragilidade do recurso, além de mobilizar a população para a importância de preservar e de recuperar os solos, devido ao desmatamento ou ao uso agrícola inadequado.

Os índices de degradação e contaminação do solo são alarmantes: 33% das terras do planeta estão degradadas, por razões físicas, químicas ou biológicas, estima a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO). Sem o solo, ficaríamos sem ter o que comer e perderíamos um dos serviços ecossistêmicos vitais que sustentam nosso bem-estar econômico, social e ambiental.

A agenda de debate do tema é para o ano todo. Ao mesmo tempo em que negociadores climáticos estarão reunidos em dezembro deste ano, em Paris, para a Conferência das Partes sobre Mudanças Climáticas (COP21) cientistas de todo o mundo também se reunirão, em Dijon, na França, para a primeira Conferência Global sobre Biodiversidade dos Solos*. Logo em seguida, será lançado o primeiro Relatório Estado dos Recursos do Solo Mundiais.

Para registrar tudo a respeito dessa celebração, a FAO lançou site em seis idiomas (árabe, espanhol, francês, inglês, japonês e russo). E listou seis fatos sobre solos saudáveis:

  • São a fundação para a vegetação, que é cultivada ou manejada para alimentação, fibra, combustível e produtos medicinais;
  • São a base da produção de comida;
  • Sustentam a biodiversidade do planeta e eles abrigam um quarto do total;
  • Ajudam a combater e a adaptar às mudanças climáticas ao ter papel fundamental no ciclo de carbono;
  • Armazenam e filtram água, melhorando nossa resiliência a enchentes e secas;
  • É um recurso não renovável, o que torna sua preservação essencial para a segurança alimentar e para nosso futuro sustentável.